sábado, 12 de fevereiro de 2011

A Gravidez - 2

O susto foi inevitável. GRÁVIDA??? Eu??? Até a cegonha estremeceu e pensou que tivesse errado de endereço!

Um tobogã de idéias e emoções depois o meu lado prático se impôs: de quanto tempo?

Começava aí a saga de uma gestante totalmente ignorante do próprio corpo. Jurei a todos que eu não havia parado de menstruar. Isso acontece, não é? Na real eu devo ter me distraído um pouquinho. Nem interessa mais... Se eu anoto o dias em que estive menstruada? Não...

Difícil explicar o inexplicável. Estávamos diante de um fato e agora era providenciar o necessário: procurar um médico, fazer exames, calcular o estágio da gravidez.

Na primeira consulta com o médico, eu fui logo dizendo: quero  ter o bebê em parto cesáreo. O senhor aceita acompanhar a minha gravidez sob essa condição?

O médico deu um risinho. Gestante idosa. Alto risco. A cesáriana é o caminho aconselhavel, disse ele.

Os motivos dele para aceitar fazer parto cesáreo não me diziam respeito. Eu era saudável, não me sentia idosa, não via risco nenhum na minha gravidez. Ele não me perguntou porque eu incluíra o parto cesáreo nas condições contratuais. Eu teria respondido:

-- Porque a cesariana exclui problemas de cordão umbilical enrolado no pescoço do bebê.

Cada qual com a sua neura. Sempre achei um absurdo não fazerem um ultrasom no início do trabalho de parto. Isso pouparia muitas adversidades.

O médico pediu uma batelada de exames. Discursou sobre as vantagens do exame do líquido amniótico e frisou - risco próximo a zero.

Agradeci, me despedi e dei o médico como escolhido. Não morri de amores por ele, não o achei nem vagamente simpático e acolhedor mas sabia que a competência dele era reconhecida. Haviamos feito um acordo importante para mim. O primeiro passo estava dado.

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